English
05-Jan-2022 -- Esta narrativa é uma continuação da visita à confluência 20S 50W.
Após parar para tomar um lanche, em substituição ao almoço, na cidade paulista de Mira Estrela, segui viagem até a cidade de Santa Fé do Sul. A exemplo do dia anterior, peguei uma chuva muito pesada nesse trecho. Chegando em Santa Fé do Sul, segui direto até a Secretaria de Turismo e Cultura da cidade.
Em setembro de 2019, há mais de dois anos, eu fiz minha primeira tentativa de visitar a confluência 20S 51W. Conforme citei na narrativa daquela tentativa, eu visitei a Secretaria de Turismo de Santa Fé do Sul em busca de contatos de barqueiros que me auxiliassem no acesso à confluência, que se localiza dentro do rio Paranaíba, a 1.270 metros da margem. Naquela ocasião, após uma longa espera, eu consegui o contato de apenas um barqueiro e, mesmo assim, só consegui falar com ele quando eu já tinha desistido da visita.
Desta vez, a visita à Secretaria foi bem mais produtiva. Além de ter uma resposta bem mais rápida, me passaram o contato não de um, mas de quatro diferentes barqueiros.
Após voltar para o carro, cheguei a ligar para o primeiro deles, e ele disse que não tinha barco próprio, mas entraria em contato com uma outra pessoa que tinha barco e me retornaria.
Resolvi, então, procurar um hotel, para ter mais conforto e organizar melhor os contatos que eu faria para conseguir chegar à confluência. Ao invés de passar a noite em Santa Fé do Sul, porém, preferi viajar mais 130 quilômetros e dormir na cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Duas razões me levaram a tomar essa decisão. Em primeiro lugar, porque é uma cidade muito maior e que eu queria conhecer. E, em segundo lugar, a primeira ligação que eu fiz para um dos barqueiros, ainda dentro do carro, me deu a impressão de que eu não iria conseguir agendar a visita à confluência 20S 51W logo na manhã seguinte, e eu pretendia aproveitar, então, a manhã seguinte para, eventualmente, realizar uma visita a outra confluência próxima a Três Lagoas.
Fiz a viagem de Santa Fé do Sul até Três Lagoas. Nesse trecho, eu atravessei o rio Tietê e, em seguida, o rio Paraná, deixando o estado de São Paulo e entrando no estado do Mato Grosso do Sul. A divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, em toda a sua extensão, é marcada pelo rio Paraná, um rio de grandes proporções. Eu já fiz a travessia desse rio, entre esses estados, em três pontos diferentes. A primeira travessia foi entre as cidades de Presidente Epitácio, em São Paulo, e Bataguassu, no Mato Grosso do Sul, citada na narrativa da visita à confluência 21S 52W (que traz, inclusive, uma foto do rio). A segunda foi entre as cidades de Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, e Santa Fé do Sul, em São Paulo, na primeira tentativa de visita à confluência 20S 51W. E a terceira travessia foi a que fiz agora, próxima à cidade de Três Lagoas.
Terminei o dia com cerca de 400 quilômetros rodados desde o início do dia e passei a noite de terça-feira para quarta-feira em Três Lagoas. Meu deslocamento até esta cidade, porém, acabou sendo inútil, pelo menos em relação à segunda das razões que eu citei anteriormente, porque eu acabei conseguindo, através do segundo contato de barqueiro que recebi, marcar a entrada no rio já para a manhã seguinte. O barqueiro queria, inclusive, que partíssemos às 9 horas. Porém, como eu estava a 130 quilômetros de Santa Fé do Sul, agendei com ele para as 11 horas.
Antes de confirmar a entrada no rio, o barqueiro consultou e me enviou a previsão do tempo. Embora houvesse risco de chuva, o vento previsto para o dia seguinte era muito fraco, o que garantiria, segundo o barqueiro, uma navegação muito tranquila.
Na manhã seguinte, acordei cedo, tomei café, encerrei minha conta no hotel e atravessei novamente o rio Paraná, voltando para o estado de São Paulo. Choveu muito forte durante a viagem, o que me indicou que, se nós tivéssemos marcado a entrada no rio para as 9 horas, ao invés de 11 horas, teríamos pegado muita chuva dentro do barco.
Nós combinamos nos encontrar não na cidade de Santa Fé do Sul, mas em frente ao Thermas Grandes Lagos, próximo à cidade de Santa Clara d’Oeste, em um local mais próximo da confluência. Às onze horas em ponto, o barqueiro, que se chamada Amilton, mas é mais conhecido como Tico, apareceu, com o seu carro, rebocando o barco.
Fomos até a margem do rio, em um local bem em frente à ponte rodoferroviária que atravessa o rio entre as cidades de Santa Fé do Sul e Aparecida do Taboado, citada anteriormente. Tico colocou o barco no rio e logo zarpamos. No ponto em que iniciamos a navegação, estávamos a 10,5 quilômetros em linha reta da confluência. A distância percorrida, porém, foi um pouco maior, de cerca de 11,4 quilômetros, uma vez que tivemos que sair do rio Paraná e entrar no rio Paranaíba, desviando da “ponta do nariz de Minas”, o pedaço de terra em que Minas Gerais acaba. O motor do barco era muito potente, e navegando a 50 quilômetros por hora, chegamos na confluência rapidamente.
Paramos a 42 metros do ponto exato e eu tirei as fotos. Já estava próximo o suficiente para registrar uma visita bem sucedida. Em confluências na água, não vale a pena tentar zerar o GPS, porque é uma tarefa extremamente difícil.
Com esta visita, eu completo 45 confluências visitadas no estado de Minas Gerais. Faltam agora apenas sete para completar todas as confluências do estado. Tenho como meta visitar essas confluências faltantes, mas essas últimas estão se tornando cada vez mais difíceis.
Fizemos todo o caminho de volta e chegamos ao ponto onde eu deixei o carro menos de uma hora após nossa saída. Após a visita, voltei para Santa Fé do Sul, onde parei para almoçar, e em seguida segui rumo à próxima confluência do dia.
Esta narrativa continua na tentativa de visita à confluência 20S 52W.
English
05-Jan-2022 -- This narrative continues from 20S 50W.
After stopping to take a snack, replacing the lunch, at Mira Estrela city, São Paulo state, I headed to Santa Fé do Sul city. As at the previous day, I faced a strong rain in this leg. When I had arrived at Santa Fé do Sul, I went straight to the Tourism and Culture Bureau of the city.
In September 2019, more than two years ago, I had made my first attempt to visit the 20S 51W confluence. As I had cited in that attempt, I had visited the Tourism Bureau of Santa Fé do Sul searching by information about boatmen that could help me to go to the confluence, which is located in Paranaíba River, 1,270 meters to the shore. In that occasion, after waiting a lot, I had gotten the contact of only one boatman and, even so, I only had managed to talk with him after I had already given up on the visit.
At this time, the visit to the Bureau was much more productive. Besides I had a much quicker response, they gave me the contact of not one but four different boatmen.
After returning to the car, I called to the first boatman, and he said me that he hasn’t a boat, but he would talk with other person that has a boat and would call me back.
I decided, then, to search by a hotel, in order to have more comfort and to better organizing the calls that I would make to schedule the visit to the confluence. Instead of spending the night at Santa Fé do Sul, however, I prefered to travel more 130 kilometers and to spend the night at Três Lagoas city, Mato Grosso do Sul state. I had made this due to two reasons. First, because Três Lagoas is a much bigger city and it’s also a city that I would like to know. And second because, after making the first call I felt like I wouldn’t manage to schedule the visit to the 20S 51W soon at the following morning, and then I intended to spend the following morning, eventually, visiting other confluence near Três Lagoas.
I travelled from Santa Fé do Sul to Três Lagoas. In this leg, I crossed Tietê River and, then, the Paraná River, leaving São Paulo state and entering in Mato Grosso do Sul state. The line between São Paulo and Mato Grosso do Sul states, in its whole extension, is marked by Paraná River, a very wide river. I had already crossed this river, between these states, at three different points. The first crossing was between Presidente Epitácio city, São Paulo state, and Bataguassu city, Mato Grosso do Sul state, cited in 21S 52W confluence narrative (which has, by the way, a photo of the river). The second crossing was between Aparecida do Taboado city, Mato Grosso do Sul state, and Santa Fé do Sul city, São Paulo state, at the first attempt to 20S 51W confluence. And the third crossing was the current one, near Três Lagoas city.
I finished the day with about 400 driven kilometers since the beginning of the day and spent the night from Tuesday to Wednesday at Três Lagoas. My travel to this city, however, was useless, at least considering the second of the cited reasons, because I managed, by the second contact of boatman, to schedule the navigation by the river already at the following morning. The boatman wanted even set sail at 9:00. However, as I was 130 kilometers to Santa Fé do Sul, I scheduled with him at 11:00.
Before confirming the navigation, the boatman queried and sent me the wheather forecast. Although there was risk of rain, the wind of the following day would be very weak, and this would ensure, according to the boatman, a very calm navigation.
At the following morning, I woke up early, took a breakfast, checked out the hotel and crossed again the Paraná River, back to the São Paulo state. It rained a lot during the trip, indicating that, if we had scheduled the beginning of the sail at 9:00, instead of 11:00, we would face a lot of rain in the boat.
We gathered not at Santa Fé do Sul city, but in front of Grandes Lagos thermal resort, near Santa Clara d’Oeste city, at a place nearer to the confluence. At exactly 11:00, the boatman, named Amilton, as known as Tico, arrived, with his car, towing the boat.
We went to the edge of the river, at a place in front of the road-railway bridge that crosses the river between Santa Fé do Sul and Aparecida do Taboado cities, previously cited. Tico put the boat on the river and we set sail. At the point where we started the navigation, we were 10.5 kilometers beeline to the confluence. The sailed distance, however, was a bit longer, about 11.4 kilometers, because we must leave Paraná River and entering in Paranaíba River, detouring the “nose tip of Minas Gerais state”, the piece of land where the state ends. The engine of the boat was very powerful, and sailing by 50 kilometers per hour speed, we arrived at the confluence quickly.
We stopped 42 meters to the exact point and then I took the photos. We were close enough to register a successful visit. In offshore confluences, it didn’t worth to try to get all GPS zeroes, because it’s an extremely hard task.
With this visit, I completed 45 visited confluences in Minas Gerais state. It’s now remaining only seven to complete all confluences of the state. I plan to visit all these remaining confluences, but these last ones are getting harder and harder.
We made all the way back and arrived at the point where I had left the car less than one hour after departing. After the visit, I came back to Santa Fé do Sul, where I stopped to get lunch. Then, I headed to the next confluence of the day.
This narrative continues on 20S 52W attempt.