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30-Apr-2017 -- Esta narrativa é uma continuação da visita à confluência 3S 60W.
Após passar a noite de sábado para domingo em um hotel em Boa Vista, capital de Roraima, eu acordei cedo, tomei café, encerrei minha conta no hotel e fui para o aeroporto, chegando lá por volta das 8 horas, com o objetivo de aguardar a abertura da agência de aluguel de carros, prevista para as 8h30min.
A visita à minha primeira confluência no estado de Roraima estava com o tempo disponível bastante limitado. Quando eu estava planejando essa viagem, eu consultei o site da agência de aluguel de carros e lá informava que ela abria no sábado à noite. Reservei, então, o carro, informando que eu o pegaria nesse horário, assim que eu chegasse a Boa Vista. Eu iria, então, para o hotel já com o carro alugado, e poderia iniciar a busca à confluência no domingo muito cedo.
Alguns dias antes da viagem, porém, a agência me ligou informando que havia um erro no site e a agência não funcionava no sábado à noite. Eu teria, então, que pegar o carro no domingo às 8h30min. Considerando que o horário de fechamento seria às 14h30min, eu teria apenas 6 horas para realizar a visita.
Avaliando as confluências disponíveis próximo a Boa Vista, a confluência 3N 61W, embora seja bem mais próxima da cidade, me pareceu de acesso muito mais difícil. Escolhi, então, a confluência 4N 61W. Para visitar esta confluência, considerando ida e volta, eu teria que viajar por 270 quilômetros de asfalto, 10 quilômetros de estrada de terra e ainda caminhar por 4.400 metros. As seis horas disponíveis eram suficientes para isso, contanto que não ocorresse nenhum imprevisto. Considerando que os imprevistos são muito comuns em visitas a confluências, não era possível afirmar se o tempo seria suficiente ou não.
Para otimizar o tempo disponível, tomei algumas providências, como tomar um café da manhã reforçado, visando parar para o almoço apenas após ter devolvido o carro, e marcar com precisão no GPS o itinerário do aeroporto até a saída da cidade.
A agência de aluguel de carros abriu pontualmente às 8h30min. Gastei uns 20 minutos com os trâmites do aluguel e segui viagem. Logo na saída, ocorreu o primeiro imprevisto. A primeira marcação no GPS, no primeiro cruzamento do itinerário, marcava que eu estava a mais de 500 quilômetros de distância! Pensei que o GPS estava com defeito, desliguei-o, liguei-o novamente, experimentei outras referências, mas o resultado era o mesmo.
Depois de algum tempo, eu descobri o que estava acontecendo: por força do costume, eu havia feito todas as marcações considerando o hemisfério sul, e não o hemisfério norte. Corrigi todas as marcações e segui viagem.
Logo depois, eu percebi que eu havia esquecido de comprar água, algo essencial, devido à caminhada que eu iria fazer. Parei rapidamente em um posto de combustível e comprei duas garrafas.
A partir de então, os imprevistos acabaram, e tudo começou a correr bem. A BR-174 estava em excelentes condições, e pude manter uma média de mais de 100 quilômetros por hora durante praticamente todos os 135 quilômetros do percurso de ida. A única preocupação era uma forte chuva que caía em certos trechos, inclusive quando eu estava a menos de 6 quilômetros do término do trecho em asfalto. Fiquei com medo das condições em que ficaria a estrada de terra e de ter que fazer a caminhada sob forte chuva.
Concluído o trecho em asfalto, virei à direita e iniciei o trecho em estrada de terra. Logo à minha frente, havia uma porteira. Ela não estava trancada a cadeado, mas estava amarrada com uma corda de tal modo que demorei algum tempo para entender como abri-la. Essa porteira é mostrada em uma das fotos publicadas.
A estrada de terra, embora bastante molhada, estava em boas condições, não criando dificuldades para a passagem. Conforme previsto, parei o carro a 2.200 metros do ponto exato e comecei a caminhada. Sem sinal de chuva desde que eu deixei o asfalto, tendo à minha frente uma área bastante aberta e de fácil caminhada, e tendo ainda uma pequena folga no tempo disponível, percebi, neste momento, que a visita tinha grandes chances de ser bem-sucedida.
A caminhada foi muito tranquila e, por volta do meio-dia, cheguei ao ponto exato, localizado exatamente em cima de uma rocha.
Esta é a minha primeira visita no estado de Roraima e, com ela, eu completo visitas a 25 dos 27 estados brasileiros. Minha meta de visitar uma confluência em cada estado brasileiro está se aproximando do final, e falta agora visitar confluências apenas em dois estados: Rondônia e Acre.
Dentre todas as confluências brasileiras já visitadas por alguém, esta é a que se localiza mais ao norte. Uma outra confluência ainda mais ao norte, a 5N 60W, ainda não foi visitada por ninguém.
Após a visita, fiz todo o caminho de volta até o asfalto. Quando eu estava ainda na estrada de terra, a chuva voltou, e me molhei um pouco ao descer do carro para abrir e fechar a porteira.
O local que dá acesso à confluência localiza-se a apenas 75 quilômetros da fronteira com a Venezuela. É uma pena chegar tão perto da fronteira e não ir até lá, mas não havia tempo disponível e, além disso, eu provavelmente não conseguiria atravessar a fronteira com um carro alugado.
Segui viagem de volta para Boa Vista e devolvi o carro por volta das 14 horas, meia hora antes do prazo limite.
Almocei no aeroporto, fui até um shopping da cidade para passar o tempo e, às 18 horas, peguei um ônibus de volta para Manaus, chegando lá às 6 horas da manhã de segunda-feira, feriado de 1º de maio.
Devido ao feriado, estava tudo fechado na rodoviária de Manaus, não havendo local aberto nem para tomar o café da manhã. Peguei então, um taxi até o aeroporto, onde tomei café.
Por volta das 10 horas, deixei minhas bagagens em um guarda-volumes do aeroporto e peguei um taxi até o centro da cidade, para conhecer o famoso Teatro Amazonas e a orla do rio Negro. Fiquei por cerca de duas horas caminhando pelo centro, almocei e peguei um taxi de volta para o aeroporto.
Por volta das 16 horas, peguei um avião para Brasília e, algum tempo depois, outro avião para Marabá, onde cheguei por volta das 23h30min.
English
30-Apr-2017 -- This narrative continues from 3S 60W.
After spending the night from Saturday to Sunday in a hotel in Boa Vista city, capital of Roraima state, I woke up early, took a breakfast, checked out the hotel and went to the airport, arriving there about 8:00, aiming to wait for the opening of a car rental agency, scheduled to 8:30.
The visit to my first confluence in Roraima state had very limited time. When I was planning this trip I visited the website of a car rental agency and it said that the agency opens Saturday night. I booked the car, planning that I would get it at the time when I would arrive at Boa Vista. I would go then to the hotel with the car and could start the confluence hunting Sunday very early.
Some days before the trip, however, the agency called me informing me that there was an error on the website and the agency doesn’t open Saturday night and that I must get the car Sunday at 8:30. Considering that the agency closes at 14:30 I would have only 6 hours to make the confluence visit.
Evaluating the available confluences near Boa Vista, 3N 61W, although much closer, has an access apparently much harder. So I chose the 4N 61W confluence. In order to visit this confluence, round trip, I had to travel 270 kilometers on paved road, 10 kilometers by dirt road and hike 4,4 kilometers. The six available hours are enough if all goes well. Considering that surprises are very common in confluence visits it wasn't possible to be sure if the available time would be enough or not.
In order to optimize the available time I took some measures, such as to have a big breakfast, aiming to stop for lunch only after delivering the car, and to mark precisely in the GPS the entire itinerary between the airport and the exit of the city.
The rental car agency opened precisely at 8:30. I spent about 20 minutes doing the paper work and started the trip. Just at the beginning the first surprise occurred. The first GPS mark at the first turn of the itinerary was saying that I was more than 500 kilometers away! I thought that the GPS had failed. I turned it off and on again, tried other references, but the result was always the same.
After some time I discovered what was happening: due to habit I had made all the marks considering the south hemisphere instead of north one. I fixed all the marks and then went ahead.
A bit later I realized that I forgot to buy water, something very important due to the planned hike. I stopped quickly at a gas station and bought two bottles.
After that all went very well. The BR-174 highway was in excellent condition and I kept an average speed of more than 100 kilometers per hour during practically all 135 kilometers. The concern was a strong rain that fell along the way, including when I was less than 6 kilometers before the end of the asphalt leg. I was afraid of the dirt road condition and the necessity to hike in strong rain.
When the asphalt leg ended I turned right and started the dirt road leg. In front of me there was a gate. It wasn’t locked, but it was tied with a rope in such manner that I spent some time to understand how to open it. This gate is shown in one of the photos.
The dirt road, although very wet, was in good condition not imposing any problems. As previewed I stopped the car 2,200 meters from the exact point and started the hike. Without any rain since I left the asphalt, with a very open and easily walkable area in front of me and with the available time under control, I realized at this moment, that the visit would have a big chance of be success.
The hike was tranquil and about noon I arrived at the exact point located exactly over a rock.
This is my first visit in Roraima state and with it I completed visits in 25 out of 27 Brazilian states. My goal of visiting a confluence in each Brazilian state is coming together. Now there are only two states to visit: Rondônia and Acre.
Among all Brazilian confluences already visited by someone this is the most northern one. A more northern confluence, 5N 60W, hasn’t been visited by anyone.
After the visit, I made it all the way back up to the asphalt. When I was still on the dirt road the rain came back and I got a bit wet when I left the car to open and to close the gate.
The place that accesses the confluence lies only 75 kilometers to the border with Venezuela. It’s a pity to arrive so close to the international border and don’t go up there but there wasn’t enough time and, besides of this, I probably wouldn’t manage to cross the border with a rented car.
I headed back to Boa Vista and delivered the car about 14:00, half an hour before the time limit.
I had lunch at the airport, went up to a mall in order to spend the time and, at 18:00 I caught a bus back to Manaus city, capital of Amazonas state, arriving there at 6:00 of Monday, 1st of May holiday.
Due to the holiday, everything was closed at the Manaus bus station, without any place to have breakfast. So I caught a taxi up to the airport where I had breakfast.
About 10:00 I left my luggage at the airport and caught a taxi to downtown in order to see the famous Amazonas Theater and the edge of Negro River. I spent about two hours walking around downtown, had a lunch, and caught a taxi back to the airport.
About 16:00 I caught a flight to Brasília and then another flight to Marabá, where I arrived about 23:30.