English
28-Oct-2007 -- Após visitar a confluência 17 S – 43 W, considerada a mais difícil e mais cansativa de todas as confluências por nós visitada, rumamos para a cidade de Itamarandiba próxima ao ponto 18 S – 43 W.
Chegamos a Itamarandiba por volta das 16h30 do dia 27 de outubro de 2007 e fomos até a região da confluência para uma primeira análise da área, pois pelo relato dos visitantes anteriores, esta confluência está localizada em um morro de difícil acesso.
Nesse dia, o máximo que conseguimos chegar antes de escurecer, foi a 2,5 km a NE do ponto. Conversando com um morador do local, ele sugeriu entrarmos pelo povoado conhecido por Salgadinho, como o possível local mais próximo do ponto que queríamos chegar. Retornamos a Itamarandiba, com o plano já definido de irmos direto ao Salgadinho na manhã seguinte e, de lá, procurar a melhor rota para alcançar a confluência 18 S – 43 W.
No dia 28 de outubro de 2007, chegamos facilmente ao povoado Salgadinho. Tomamos a estrada que passa pelo lado esquerdo da montanha onde fica o ponto. Chegamos ao final da estrada, a 830 m do ponto, na chácara do Sr. Clemente Moreira. Ele sugeriu que procurássemos seu irmão Antonio Moreira, morador de algumas chácaras antes, porque ele conhecia um caminho por cima da montanha. Retornando, encontramos o Sr. Antonio que gentilmente nos aconselhou a voltar ao Salgado e pegar a estrada â direita da montanha até o final, na chácara Grota do Vermelho e procurar pelo Edno. O Edno abrira há pouco tempo, uma estrada por cima da montanha que provavelmente nos conduziria ao ponto procurado. Tanto a estrada da direita como a da esquerda, passa por um vale com bonitas chácaras, com criações de gado e aves.
O Edno não estava em casa, mas seu cachorro veio alegremente nos receber. Do pé da montanha, junto à sua casa, o GPS apontava para 300 m montanha acima. Notamos uma estrada que rodeava e subia a montanha. Para passar, retiramos alguns galhos da frente do forno de carvão. Após a primeira curva da estrada, um enorme pé de jatobá tinha se partido formando um arco junto ao tronco, com os galhos caídos sobre a estrada impedindo a passagem. O sol estava escaldante. A temperatura deveria estar por vota de 35º e seria difícil caminhar, mesmo que fosse pela nova estrada. Tentamos puxar a árvore rebocando-a com o jipe, mas o cinto se partiu. Medindo a altura do jipe, vimos que era possível passar sob o arco, saindo da estrada. Deu certo! A distância foi aumentando mas à medida que subíamos a montanha, após a curva em direção à confluência, ela começou a diminuir novamente. Parecia que a estrada tinha sido aberta especialmente para ir à confluëncia. Quando faltavam 100 m para o CP, já começamos a comemorar, porém, para chegarmos ao ponto zero, teríamos que caminhar 100 m através da mata extremamente densa e cheia de espinhos. Analisando melhor a área, notamos que a estrada tinha uma bifurcação pouco adiante, através da qual chegamos a 11 m do ponto, o GPS apontava para dentro do cerrado. E que cerrado! Era uma mata tão fechada e tão cheia de espinhos emaranhados que demoramos meia hora para abrir 11 m de picada com a ajuda de um facão. Sem esta nova estrada, seria impossível alcançar a confluência.
English
28-Oct-2007 -- After visiting the 17S-43W confluence, the hardest and most tiring of all confluences that we have ever visited, we droved south to the city of Itamarandiba, near the CP 18S-43W. We arrived in Itamarandiba at 4 pm and proceeded to the confluence region for a first analysis of the area, since the previous visitors was reported that this confluence is located on a hill with very difficult access.
That day, the maximum we could approach before dark, was 2.5 km NE of the point. Talking with a local, he suggested to us to enter the village known as Salgadinho, maybe closer to the point we wanted to go. We came back to Itamarandiba, with plans to go straight to Salgadinho the next morning and, from there, look for a best route to reach the confluence 18S-43W.
On October 28, we drove easily to Salgadinho village. We took the road that passes through the left side of the mountain where the CP is located. The road ended at 830 m from the point, in the house of Mr. Clemente Moreira. He suggested us to talk to his brother Antonio Moreira, living some houses before, because he knew a path to top of the mountain. Returning, we met Mr. Antonio who kindly told us to return to Salgadinho and take the road to right side of the mountain to Grota Vermelha farm, and ask for Mr. Edno.
Recently, Mr Edno had opened a road to the top of the hill that would probably lead us closer to the point. Both roads, the right and left of the mountain, passes through a beautiful valley with small farms, with cattle and poultry. Mr Edno was not at home, but his dog cheerfully met us. From the base of hill, near his house, the GPS pointed to 300 m above the mountain. We noted a trail up going to the mountain. To pass, we removed some twigs in front of a furnace of coal.
After the first bend of the road, a huge jatobá tree (Hymenaea courbaril) had broken forming an arch along the trunk. The branches fell on the road closing the passage. The sun was burning. The temperature should be at 35°C and it would be difficult to walk, even by the new road. We tried to pull the tree with the jeep, but it was impossible. Measuring the height of the jeep, we realized that it was possible to pass under the arch formed by the tree, leaving the road.
Done! The distance was increasing. As we drove up the mountain, after the curve toward the confluence, the distance began to decline again. It seemed that the road had been opened specially to go to CP. At 100 m before the point, we already began to celebrate, but to get to point zero, we would have to walk 100 meters through the extremely dense and thorny bushes. Analyzing carefully the area, we noticed that the road had a little fork ahead, through which we got to 11 m from the point, the GPS pointed into the thorny bush. It was a very slow procedure (30 minutes) to open 11 m with the machete. Without this new road, it would be impossible to reach this confluence.