English
08-Oct-2003 -- Próximo da confluência 6ºS/40ºW, localiza-se a cidade de Tauá, onde morava o meu avô paterno, já falecido, e onde, quando criança, passava as férias escolares. Telefonei para o meu grande amigo Jackson Massilon, companheiro de muitas pescarias, e combinamos tentar chegar na confluência mencionada.
Primeiramente fui para minha fazenda, no Município de Quixadá, a uns 200 km de distância, aproximadamente metade do caminho. Saí de Quixadá às 4:00 h da manhã, com destino a Tauá, distante uns 220 km, para pegar o Jackson, que na intimidade é conhecido como "Jacaré". Tendo lá chegado muito cedo, por volta das 7:30 h, olhamos os mapas, inclusive uma foto de satélite conseguida na internet, fizemos os planos e decidimos tentar no mesmo dia uma primeira abordagem, já que se tratava de uma região muito inóspita.
Antes da 9:00 h, com máquinas fotográficas, bússula e GPS, já estávamos na estrada. Na direção da cidade de Mombaça, deixamos o asfalto na localidade de Alferes, na estrada para o distrito de Marruás. Depois de passar pelo lugar Poço de Baixo, chegamos à localidade de Tavares, rodados 63 km depois de Tauá, e estávamos a 1.780 metros da confluência. Paramos em uma casa, onde havia uma rara sombra e depois de alguma hesitação, pois a temperatura já estava muito alta, passando das 10:00 h, decidimos tentar assim mesmo, depois de convencer dois meninos, que conheciam bem a região, a nos acompanhar.
Lá fomos nós, com os dois Franciscos, entrando na mata conhecida como "caatinga", caracterizada por árvores retorcidas, muitas com espinhos, como sabiá, jurema e favela, que perdem completamente o verde na época seca, como agora, além de vários tipos de cactus, como o mandacarú, xique-xique, coroa-de-frade e cardeiro.
Por absoluta sorte, havia uma cerca que partia dos fundos da casa na direção de um morrote, com uma vereda paralela à cerca, quase na direção da confluência, desviando da rota para a confluência um máximo de 13 metros. Subimos e descemos o morrote e iniciamos a subida do "morro do bode", onde os últimos 400 m, tiveram de ser caminhados na mata mesmo, em terreno inclinado.
A foto tirada a 100 m de distância da confluência dá bem uma idéia do que passamos. Chegamos na confluência, com o GPS saindo do ar de vez em quando, devido à cobertura vegetal.
Tiramos as fotos requeridas e voltamos ao carro imediatamente, pois com uma caminhada de mais de hora, com aquele calor, a sede já estava no limite do suportável. Voltamos a Tauá, onde depois de um típico almoço sertanejo na casa de duas tias, irmãs de meu pai, ficou o Jacaré, esperando que se combine a próxima pescaria ou, quem sabe, a próxima visita a uma confluência.
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Next to the confluence 6ºS/40ºW is the town of Tauá, where my grandfather lived, already dead, and where I, as a child, used to spend my school holidays. I called by telephone my good friend Jackson Massilon, partner of many fishing trips, and made the arrangements to visit the mentioned confluence.
Firstly, I went to my farm at the district of Quixada, 200 km away, around halfway of the trip. I left Quixadá, at 4:00 am, heading to Tauá, 220 km away, in order to pick up Jackson, whose nickname is Jacaré. Having arrived early, around 7:30 am, we had a look on the maps, including a satellite picture taken from the Internet, made the final plans and decided to make the first approach at that very day, considering the inhospitality of the region.
Before 9:00 am, carrying cameras, a compass and a GPS, we where on the road. Heading towards the city of Mombaça we left the asphalt road at the place known as Alferes, on the road to the district of Marruás. After going through a place called Poço de Baixo we arrived at a place called Tavares, having traveled 63 km after Tauá, and we where 1.780 meters away of the confluence. We stopped on a house, where there was a rare shadow, and after some hesitation, considering that the temperature was already very high, just after 10:00 am, but even so we decided to try, after convincing two young lads that knew well the region to serve as a guide.
There went we, with the two Franciscos, entering the bush known as "caatinga", characterized by retorted trees, many with thorns, like sabiá, jurema and favela, that loose all the green leaves during the dry season, as it is now, as well as many kinds of cactus like the mandacarú, xique-xique, coroa-de-frade and cardeiro. By pure luck there was a fence beginning at the backyard of the house heading towards a small elevation, with a walkway parallel to the fence, almost in the direction of the confluence, deviating from the track to the confluence no more than 13 meters. We went up and down the elevation and began to climb another one known as "mount of the goat", when the last 400 meters had to be walked in the bush it self, over inclined land.
The picture taken from 100 meters away of the confluence gives a good idea of what we have gone through. We arrived at the confluence with the GPS signal going out from time to time, due to the trees above us.
We took the necessary pictures and rush back to the car since a walk of over one hour under that heat made the thirst almost unbearable. We went back to Tauá where after a typical inland lunch at my two aunt's house, my father's sisters, stayed Jacaré, waiting the arrangements for the next fishing trip or, who knows, the next confluence visit.